A integração dos exames Cambridge English a um programa de língua inglesa significa incorporar, no processo de avaliação da instituição, um instrumento externo de mais de cem anos de existência e que é aplicado anualmente a mais de 5 milhões de pessoas em mais de 130 países. 

Esse processo considera o alinhamento dos objetivos de aprendizagem dos anos/séries do Programa de Inglês da instituição aos níveis do Quadro Comum Europeu de Referência para o Ensino de Línguas Estrangeiras (em inglês, Common European Framework of Reference for Languages – CEFR). 

A definição dos objetivos de aprendizagem, baseados no CEFR, dependerá de uma série de variáveis como carga horária semanal de aula, perfil dos alunos, qualificação docente, objetivos estratégicos da instituição e material didático adotado. A instituição de ensino terá que considerar esse composto de variáveis para definir quais serão seus objetivos de aprendizagem para, consequentemente, definirmos qual, ou quais, dos exames do portfólio Cambridge English serão os mais adequados para avaliarem e certificarem o progresso dos alunos e da instituição.

Essa abordagem integrativa dos exames internacionais tem uma forte presença em muitos países vizinhos, como Argentina, Chile, Colômbia e México. No Brasil, damos destaque à iniciativa pioneira do Colégio Farroupilha de Porto Alegre que, há cerca de 10 anos, criou o que ganhou inicialmente o nome de modelo compulsório, que hoje vem ganhando presença em muitas escolas brasileiras – e no nosso grupo de escolas parceiras temos diversos exemplos. Nos países que citamos acima, a cultura de avaliação e incorporação dos exames internacionais já é algo consolidado. Na realidade brasileira, sabemos que essa cultura ainda está em fase de construção, sendo um processo bastante possível e com resultados bem positivos para todo o ecossistema escolar.

O modelo integrado do uso dos exames traz, para as instituições de ensino, uma série de benefícios. 

  1. Pedagogicamente, essa é uma abordagem igualitária, pois dá oportunidade a todos os alunos a passarem pela experiência da avaliação e certificação internacional. Alunos de diferentes perfis e estilos de aprendizagem serão sujeitos da avaliação com a possibilidade da adequação dos instrumentos de avaliação às suas condições. Ao longo da progressão da aprendizagem e dos exames sequenciais, os alunos vão ganhando confiança e conquistando credenciais. Obviamente, os exames dos níveis mais avançados terão importância no momento presente e no futuro como passaporte de acesso para oportunidades acadêmicas e/ou profissionais. 
  2. Institucionalmente, essa é uma abordagem que gera, para a escola, uma coleta de evidências ampla e fidedigna da qualidade sobre o impacto do programa da instituição na aprendizagem dos seus alunos, porque não serão só alguns, mas todos os alunos de determinados anos e/ou séries que farão as avaliações. Através do relatório de Performance Institucional de “Preparation Centre”, os sistemas de Cambridge organizam esses dados em tabelas, consolidando os resultados por tipo de exame, médias globais e habilidade linguística, comparando as médias da instituição com outras do Brasil e do Mundo. Dessa forma, a instituição terá acesso a relatórios gerenciais de seus resultados fidedignos e poderá fazer análises e tomar decisões mais acertadas para buscar a melhoria constante da aprendizagem e dos resultados de seus alunos.
  3. Em termos de comunicação institucional, essa abordagem anuncia à comunidade escolar que a instituição está se comprometendo com padrões internacionais e que se mostra com grande responsabilidade em integrar uma avaliação externa e transfronteira para se avaliar e a ter expectativas de aprendizagem superiores às que as diretrizes nacionais nos determinam. As experiências de nosso trabalho no São Paulo Open Centre revelam a importante satisfação com os resultados desse modelo, sendo um diferencial valorizado especialmente por alunos e seus familiares.
  4. Em termos de gestão estratégica, trazemos também para esta reflexão o conceito de planejamento reverso, ou Backward Design (Wiggins & McTighe, 2005). Este conceito tem como fundamentação a ideia central de “começar pelo fim”, ou seja, o que queremos que os alunos consigam atingir ao final da experiência de aprendizagem e, a partir daí, modelar o processo e planejar as ações pedagógicas. A abordagem integrativa dos exames internacionais está em linha com esse conceito de planejamento reverso, favorecendo a gestão pedagógica a delinear seus intentos estratégicos.
  5. Financeiramente, a adoção dos exames integrados passa também a compor o custo dos cursos e/ou programas. A diluição dos valores nas mensalidades ficará a critério da instituição. Existem instituições que:
    1. Diluem os valores no ano /série que o exame será aplicado;
    2. Diluem os valores ao longo do nível de aplicação dos exames (Ensino Fundamental, do 1º ao 5°ano; Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano; da 1ª à 3ª série do Ensino Médio);
    3. Diluem os valores desde a Educação Infantil ao logo dos 12 anos da Educação Básica.

Sabemos que essa implantação exigirá ajustes institucionais e que não é incomum que se inicie por etapas, escolhendo um nível de ensino no 1º ano do processo como, por exemplo, o 5º ano do Ensino Fundamental e, aos poucos, aumentando-se a progressão dos exames. 

O São Paulo Open Centre vem trabalhando no apoio à implantação desse modelo de adoção dos exames Cambridge English desde 2013. A Escola Comunitária de Campinas, em São Paulo, desde 2015 integrou os exames Cambridge English aos seus programas de curso e é um dos bons exemplos de implantação que temos em nossa rede de Preparation Centres. 

“Dentre as inúmeras vantagens da adoção dos exames Cambridge English em nossa escola, destaco o modelo que escolhemos para a aplicação dos exames. Em nossa escola optamos pelo modelo integrado, no qual todos os alunos de 9º ano do E.F.2 e 2ª série do Ensino Médio fazem o exame correspondente ao seu nível linguístico. Como temos nossos alunos nivelados de acordo com seu desempenho linguístico, também avaliamos qual o melhor exame a ser realizado por cada aluno. Sendo a preparação para o exame desenvolvida a todos dessas séries, podemos realizar ao longo do ano uma série de práticas de cada ‘paper’ do exame, assim como organizar simulados em que os alunos possam praticar a realização do exame dentro dos parâmetros reais de aplicação. A preparação para os exames está incorporada ao conteúdo programático de cada um dos níveis (grupos) de alunos de 9º ano e 2ª série, sendo oferecidos os exames que vão desde o Key for Schools até o Advanced (e para alguns alunos o exame Proficiency). O modelo integrado insere os exames em nosso contexto de ensino de língua inglesa, tornando-os significativos e relevantes a todos. ”  

Sueli Monteiro

Coordenadora – Área de Línguas Estrangeiras da Escola Comunitária de Campinas /SP.

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